Estou com trinta e sete semanas de gestação e podemos dizer que entrei na reta final da gravidez. Ao longo de todo este tempo a Mel sempre se mostrou muito querida com a minha barriga. Dissemos-lhe que cá dentro estava o maninho (apesar de não sabermos o sexo tratamo-lo geralmente por "maninho", no masculino, por ser "O bebé" e não termos que estar sempre a dizer menino/menina) e ela memorizou. Quando lhe perguntamos pelo maninho ela aponta para a barriga, dá abraços, beijinhos e faz festinhas. Muitas vezes fá-lo de livre e espontânea vontade e é delicioso de se ver. Mas, na realidade, não acho que ela tenha noção de que vai sair daqui de dentro um bebé. Um bebé a sério. Daqueles que chora e dorme e faz cocó.
Uma das coisas que mais me tranquiliza para o que aí vem é o facto de a Mel adorar bebés. Seja na televisão ou ao passear na rua, quando vê um bebé abre um mega sorriso e só quer dar-lhe miminhos. Por isso acho mesmo que vai ser muito querida com o irmão ou irmã que está para chegar. Claro que também já estou a imaginá-la a dar-lhe umas "lapadas", como dizemos aqui no norte, mas acho que nenhum irmão mais novo está livre de apanhar dos irmãos mais velhos. Faz parte da sua natureza, é quase como a lei da selva.
Também sei que não vou poder evitar ciúmes e birras, ela ainda é muito pequenina. Vai ter precisamente dois anos quando o irmão nascer e, quer queiramos quer não, ainda é muito nova para compreender e aceitar certas coisas. Mas penso que com calma, paciência e muito amor tudo se consegue. A nossa intenção é incluí-la ao máximo nesta nossa nova realidade, fazer com que participe, ajude e se sinta útil em praticamente tudo o que envolva o bebé. A Mel está numa fase de descoberta e independência, é tudo "eu quero, posso e mando". Não queremos de todo que se sinta de parte ou que tenha qualquer sentimento de rejeição. Queremos que veja o irmão ou irmã como algo bom, um ser pequenino que precisa do mimo e da ajuda dela.
Aiii estou aqui a escrever e a pensar "é fácil falar, depois é que vão ser elas". A verdade é que sei que vamos ter dias mais difíceis que outros mas quero acreditar que vai correr tudo bem e vamos dar conta do recado. Quem mais aí em casa tem filhos com esta pequena diferença de idades? Como foi convosco? Alguma dica?! Obrigada!
Rita
A Mel e o "maninho", pela lente do Contam'Estórias |
Olá
ResponderEliminarAs minhas filhas têm diferença de 26 meses... Posso dizer que o primeiro mês foi bastante complicado... Mas sim, o segredo é esse... É tentar com que participe em muitas das tarefas... Elas sentem-se importantes e parte do quadro novo... :) agora, 6 meses depois... Já não vivem uma sem a outra! É muito engraçado e nós ficamos rendidos :)
Boa sorte e muita força para esta nova fase :)
Eu e a minha irmã temos 22 meses de diferença. Durante toda a gravidez lhe disseram que vinha aí uma mana para brincar com ela. Assim que chega ao hospital a primeira coisa que aquela xoxa disse foi: “isto é que é uma mana? É um bebé!”
ResponderEliminarA desilusão de afinal ainda não ter uma parceira de brincadeira no imediato.
Agora é sempre um porto seguro mas durante muito tempo (e ainda às vezes) é “não sei vive sem ela, não sei viver com ela”.
Que tenham toda a serenidade para se divertirem no processo :)
Parabéns
Não há soluções milagrosas, tenho três filhos, 8 anos, 3 anos e 2 meses, e ainda dou por mim com dúvidas de como minimizar ciúmes e carências.
ResponderEliminarMas acho que o mais importante é tirarmos de nós o sentimento de culpa por ter outro filho, andarmos sempre a compensar o outro, por exemplo o irmão que nasce trazer uma prenda, as visitas que levam prendas ao bebé darem também aos irmãos. Primeiro acho que é errado porque parece que tentamos compensar algo e depois ensinamos os filhos de que o que um o outro tem que ter.
E por último não nos podemos esquecer que os irmãos mais velhos estão assustados com o que aí vem, como será o bebé, como é que os pais vão dividir o amor???, são questões que os atormentam e como são crianças é natural que tentem fazer asneiras, aí cabe a nós manter a calma e ir explicando o porquê de não fazerem essas coisas e sempre sem berros.
Como disse no início não há milagres são só dicas.
A minha filha tem 28 meses e tive a mana ontem. Aqui no hospital correu muito bem. Ela está super entusiasmada e só quer dar beijinhos e festianha. Amanhã vamos para casa. Depois conto como correram os próximos dias ��
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