Hora do adeus

Foi hoje. Teve mesmo que ser. Chegou a hora de desfazer a árvore de Natal. 

Todos cá em casa estão deprimidos. Bom, quase toda a casa. Para ser sincera sou só eu, o Ziggy e o Koy (os nossos gatos). O Mr. Right não tem o meu espírito natalício aficionado, a Mel ainda é pequenina demais para saber o que é o Natal e o Artur, bem, o Artur só se baba e ressona. 

Mas eu e os gatos estamos mesmo tristes. Por nós ela ficava montada o ano inteiro! Eu sempre gostei do Natal, é a minha época preferida do ano e a árvore é um dos principais símbolos natalícios. Já para os gatos a árvore é um verdadeiro parque de diversões. Eles divertem-se à grande, entre o gordo do Ziggy a trepar a árvore até à estrela e o Koy a esconder-se entre os ramos e a sair disparado para atacar o Artur quando ele passa. 

Adoram fazer das deles e conseguem tornar a quadra natalícia um pesadelo, quando resolvem divertir-se a rasgar os embrulhos das prendas de Natal e me põem a embrulhar tuuudo outra vez. (Este ano não estava com pachorra e entreguei os presentes assim mesmo. Disse às pessoas que era um toque artístico!). Às vezes ralho com eles, sim, porque são mesmo capazes de destruir-me meia árvore de Natal e desaparecer-me com metade das bolas... mas, no fundo, no fundo, deixo-os brincar porque, afinal de contas, é um parque de diversões a que têm direito uns dias por ano. 

Bom, mas as despedidas cá em casa são sempre em grande, que eu não faço a coisa por menos: toca a desfazer a árvore ao som de uma playlist especial de Natal (que começa com a minha querida Mariah Carey, pois claro está), enquanto finjo que não vejo o Mr. Right a revirar os olhos e a por tampões nos ouvidos.

Até Dezembro, querida Árvore! 

Rita

Por favor Mami, nããããoo...